EVENTO:
UM POUCO DA HISTÓRIA DE NOSSA GENTE
EVENTO:
UM POUCO DA HISTÓRIA DE NOSSA GENTE
HISTÓRIA DA ESCOLA N. SRA. DO ROSÁRIO
O Jornal “A Voz do Povo” em 29/04/92, edição n.o 2787 que difundiu a cultura procopense e da região, contou um pouco da história da Escola N.Sra. do Rosário. Ela situa-se à Rua Tiradentes, 190, na zona urbana de C.Procópio. A data de sua fundação: 15/02/1952; sob registro nº 275 em 14/05/52. Sua primeira diretora foi a Irmã Pia Gioconda Vieira (falecida), uma pessoa de grande capacidade profissional que demonstrou profunda coragem na busca do ideal de servir através da educação. Em abril de 1992 era diretora da escola a Irmã Neiva Aparecida Soterio. 1950 - foi a data da chegada das primeiras irmãs dominicanas em Cornélio. Foi em 02/09/52 que a escola passou a chamar-se Educandário N.Sra. do Rosário. A Ordem das Irmãs Dominicanas da Bem Aventurada Imelda, desde a sua fundação, tinha como missão primordial a Educação.
Foi em julho de 1950, em Santa Cruz do Rio Pardo-SP, de um diálogo entre a Madre Giovannina Marcheto e o Dr. Antenor Barbosa, ambos já falecidos, que surgiu a idéia da instalação de uma Escola Primária em Cornélio Procópio a ser dirigida pelas Irmãs Dominicanas da Bem Aventurada Imelda. Logo, o Dr. Antenor Barbosa e o Pe. José Kandziora, vigário de C.Procópio, estudaram a possibilidade da vinda das religiosas para a Paróquia, que se desenvolvia rapidamente. Daí em setembro de 1950 que vieram para Cornélio, a Madre Francisca, a Madre Angélica e a Irmã Pia Gioconda Vieira com intenção de estudar o convite. Foi aprovada a ideia. O sr. José Andrade Vieira, fazendeiro e desportista procopense, mandou construir uma casa de madeira à Rua Alagoas, 279 em terreno da Mitra Diocesana, próximo da Matriz “Cristo Rei” para abrigar as primeiras irmãs. Depois foram para a Rua Antonio de Paiva Jr., 35. Nesse modesto complexo nasceu em 15/02/52, coincidentemente, data do aniversário de C.Procópio, a Escola “Nossa Senhora do Rosário”, mais conhecida por Coleginho.
(dados extraídos do livro “Memórias, simplesmente memórias. Cinco décadas da Imprensa Procopense” do autor Antonio Villas Bôas Neto).
COMO FOI A CHEGADA DAS IRMÃS DOMINICANAS
A chegada das Irmãs Dominicanas da Beata Imelda, foi um fato que mereceu destaque na vida procopense e de suma importância para o desenvolvimento da Paróquia “Cristo Rei” na educação religiosa. A vinda delas era muito esperada e isso aconteceu em 12/12/1950.
Elas começaram pobremente, morando numa humilde casa de madeira perto da Casa Paroquial, mandada construir por José de Andrade Vieira, fazendeiro e desportista procopense para abrigar as primeiras irmãs na Rua Alagoas, 279 em terreno da Mitra Diocesana, próximo à Matriz “Cristo Rei”. Depois as irmãs foram para a Rua Antonio de Paiva Jr., 35 num terreno próximo da saída de Nova Fátima em terreno doado por José Silvestre da Silva, local onde funcionou sua Escola Primária com 140 alunos no primeiro ano primário. Depois de 10 anos, em janeiro de 1960, foi iniciado num terreno muito melhor, amplo e plano, o conhecido Colégio Nossa Sra. do Rosário. As mesmas irmãs atendiam também a Santa Casa, inaugurada em 23/01/56 com capacidade de 230 leitos e viviam em harmoniosa cooperação com o corpo médico daquela instituição.
Em 08/04/72, o Jornal “A Voz do Povo” em sua edição n.o 934 reportava que a IRMÃ PIERINA, supervisora da equipe de enfermagem da Santa Casa havia recebido da Câmara Municipal, o Título de “CIDADÃ HONORÁRIA DE CORNÉLIO PROCÓPIO” no dia 26/03/72. O ato da entrega do título, ocorreu na Câmara com a presença de autoridades municipais, médicos e funcionários da Santa Casa e membros da Congregação da Bem Aventurada Imelda, ordem da qual pertencia. Naquela oportunidade ela disse que “neste mundo somos filhos de Deus em gestação para um novo nascimento do homem para com Deus”. O autor do projeto foi o vereador, médico Dr. Waldyr Andrade Cunha. Dois anos depois, no dia 10/03/74, ela faleceu e sua partida foi muito sentida pela comunidade, pois no seio de suas irmãs em Cristo, onde desempenhava seu trabalho com dedicação e zelo “era a condutora primeira, orientando a todas no sublime mister de dar assistência espiritual e material a todos os que para a Santa Casa se dirigiam na procura de conforto para as suas dores”. Uma cidadã celestial.
CIDADÃS PROCOPENSES, IRMÃS - PIA E MARIA APARECIDA
Logo em seguida, no dia 21/10/72, na edição nº 962, o Jornal “Voz do Povo” também reportava sobre a outorga de títulos honorários para mais duas irmãs dominicanas: “Com a presença de autoridades municipais, o que demonstra o devido apreço às homenageadas, aconteceu no dia 15/10/72, na egrégia Câmara Municipal, a outorga de títulos de cidadãs procopenses, às irmãs Pia Gioconda Vieira e Irmã Maria Aparecida de Moraes, eméritas baluartes do setor educacional de C.Procópio. Fizeram uso da palavra, enaltecendo o ingente trabalho das homenageadas, os srs. Profº Paulo Sidrião de Alencar Freitas, Cândido Batista de Souza, Dr. Rolando Demétrio Marussi e Dr. João Gonçalves de Oliveira, os quais em comovida oração bem souberam traduzir os grandes sentimentos de prazer da comunidade pela homenagem que se prestava às duas valorosas irmãs, numa exaltação à grande data comemorativa ao Dia do Mestre. Os diplomas foram entregues pelo Presidente da Câmara, Ubirajara Medeiros; e pelo Administrador Municipal, Dr. Rolando Marussi, o cognominado, “Prefeito da Educação”. Os alunos do Colégio N.Sra. do Rosário entregaram flores às homenageadas.
MORREU UMA PROMOTORA DA CULTURA MUSICAL
No dia 06/05/89, em edição de n.o 2500, assim relatou a VP-Voz do Povo, quando da morte da Irmã Aparecida Moraes (nascida Nair Moraes em São Paulo-SP em 20/07/1909): “causou profunda tristeza na comunidade procopense, o falecimento da amante da arte musical, Irmã Aparecida Moraes”. Dentro das atividades artísticas e didáticas, a Irmã Aparecida (como era conhecida) foi regente de corais religiosos em São Paulo e Diretora Artística da JOC paulista. Foi também Diretora Artística da Rádio Goiânia-ZYG3. Realizou inúmeros concertos como solista em piano por este Brasil. Em Cornélio Procópio, a Irmã Aparecida fundou a Academia Musical Nossa Senhora do Rosário e a extinta Faculdade de Música “São Domingos”. Na cidade (de 1953 a 1985) ela organizou 21 Noites de Arte e várias audições. Em setembro de 1988, a Irmã Aparecida de Moraes, na 2ª Mostra Cultural Procopense-VP, recebeu uma grande homenagem com o seu nome dado ao Coral Municipal, que tinha a regência da professora Rachel de Paula Graciano. Durante o velório na Capela do Colégio N.Sra. do Rosário, na presença de vários integrantes da Congregação, representantes de vários segmentos da sociedade; o coral da Creche Emaús prestou uma homenagem à estimada Irmã Aparecida. No Cemitério da Saudade, o vereador, Antonio Villas Bôas Neto, representando a Câmara Municipal, ressaltou os dotes artísticos da falecida e enalteceu o seu trabalho na comunidade, principalmente no lançamento das sementes de cultura deixadas, que foram regadas com muito carinho no decorrer de sua existência, frutos promissores.
Depois dessa maravilhosa história construída com muito carinho e amor, no dia 19/09/25, portanto 74 anos de trabalho e dedicação, a Congregação das Irmãs Dominicanas da Beata Imelda, fez o seguinte comunicado oficial às famílias:
CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS DOMINICANAS DA BEATA IMELDA
PROVÍNCIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Cornélio Procópio, 19 de setembro de 2025
Nossa Congregação, Irmãs Dominicanas da Beata Imelda, fundada há mais de 100 anos na cidade de Veneza - Itália, com a missão de “Amar Jesus na Eucaristia e fazê-lo amado por todos” realiza esta missão no serviço e na evangelização, em especial das crianças, adolescentes e jovens, através da Promoção Humana, Pastoral Paroquial e a Educação nas escolas e obras sociais.
Há setenta e quatro (74) anos, iniciávamos a nossa missão em Cornélio Procópio/PR com o objetivo de “Formar as novas gerações nos valores que transformam para a plenitude humana e cristã”. Ao longo desses anos demos o melhor para realizar uma educação de qualidade.
Nos últimos anos estamos vivendo na Congregação e na Igreja em geral o fenômeno da diminuição das vocações à Vida Consagrada e com isso faltam irmãs para trabalhar na escola. E, diminuindo o número de religiosas nas comunidades, pela situação de saúde e idade avançada das irmãs, a Congregação fez uma caminhada de reflexão e discernimento para reorganizar as áreas de atuação e de presença apostólica nas obras e o Colégio Nossa Senhora do Rosário é uma delas.
Depois de muita reflexão, oração e discernimento, com pesar e sofrimento, a Congregação decidiu encerrar definitivamente as atividades educacionais no final do ano letivo, em dezembro de 2025. Esta decisão tomada é causa de muito sofrimento para nós e, com certeza, também para os Pais, Professores, Funcionários e Alunos, mas acreditamos que “O bem semeado com amor e dedicação deu e dará muitos frutos”.
Agradecemos a Deus que sempre nos sustentou com suas graças, às irmãs que fizeram parte da comunidade, pais, funcionários e alunos. Muitas vitórias e conquistas marcaram a caminhada do Colégio Nossa Senhora do Rosário nesta longa trajetória.
Nossa Senhora do Rosário, que sempre nos acompanhou na missão educativa, seja nossa intercessora junto ao seu Filho Jesus!
Irmã Maria da Glória Inácio Superiora Provincial (assinado).
Rua Antônio Cavazzan, nº 703, 2º andar-CEP:02534-0001-Parque Peruche-São Paulo-SP- Brasil Telefone (11) 3088 5984 / 3088-5503 – CNPJ: 03.011.900/0001-22
COMUNIDADE FAZ ORAÇÃO
No mesmo dia, a comunidade procopense e da região, entristecida com a notícia do fechamento das atividades do conhecido Coleginho - Colégio Nossa Senhora do Rosário, fez intensa oração defronte a entrada oficial da escola.
Momento em que a Professora Lilian Madi declamou sua poesia TRIBUTO A NATUREZA.
Momento em que o Professor Armando Paulo da Silva falava em nome da ALACCOP e fez a apresentação de sua poesia NADA.
Membros da ALACCOP presentes no lançamento.
POSSE DOS NOVOS ACADÊMICOS DA ALACCOP
ALACCOP EMPOSSA NOVOS ACADÊMICOS
No dia 08/03/25, a ALACCOP-Academia de Letras, Artes e Ciências de Cornélio Procópio, sob a presidência da confreira Marilu Martens Oliveira, deu posse a quatro novos acadêmicos: João Coelho Neto, Solange Margarida Campioto da Silva, Lilian Madi e Antonio Villas Bôas Neto.
Idealizada pelo poeta e historiador Professor Átila Silveira Brasil, a Alaccop que está completando 20 anos de existência, tem por objetivo preservar a memória, produzir e difundir a cultura de nossa gente.
O evento contou com a presença do Prefeito Raphael Sampaio e do Vice-Prefeito Hermes Rodrigues da Fonseca Filho e respectivas esposas, além de familiares e amigos. Foi o mestre de cerimônias, o confrade Armando da Silva.
Na oportunidade, o Prefeito Raphael Sampaio, disse que a parceria com os membros da Alaccop fortalecerá o trabalho que pretende encetar na parte cultural da cidade.
PALAVRAS DA PRESIDENTE
MARILU MARTENS OLIVEIRA
Sejam Bem-vindos nesta noite festiva e significativa para a Academia de Artes, Letras e Ciências de Cornélio Procópio, nossa ALACCOP.
Cumprimento a todos com muita alegria e parabenizo os novos acadêmicos, que hoje serão empossados (08/03/25) e que, certamente, enriquecerão nossa ALACCOP com suas contribuições, assim como cumprimento, especialmente, as mulheres presentes, neste dia dedicado a elas. E repito, o lema da ONU deste ano: “Para todas as mulheres e meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento”. E acrescento: sejam livres! sejam felizes! Palmas pra nós mulheres! Obrigada.
Remeto-me agora aos versos de uma mulher, de nossa sensível poeta Cecília Meireles, e que serão reiterados em minha fala:
“Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste, sou poeta. (...) sei que canto e a canção é tudo. Tem sangue eterno e asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: - mais nada”.
E nossos acadêmicos empossados hoje, atuando em diferentes setores profissionais, são poetas que cantam e poetizam em diferentes dimensões.
ANTONIO VILLAS BÔAS NETO ou Toninho, como é chamado pelos amigos, sabe como asseverou nossa poeta Cecília, “que um dia (...)” estará emudecido para sempre, mas que sua voz continuará ecoando em suas obras, empolgantes e sobre variados temas: a infância, as trapalhadas de então, o humor dos lemas de para-choques, os haicais sobre o cotidiano poetizado, a amada Cornélio Procópio sob o veio das notícias compiladas, as obras técnicas. Vale lembrar que Toninho é alguém que volta sua verve a causas nobres, mas sempre com um frescor e com uma leveza que nos encantam. Jornalista, prosador, poeta, bancário, especialista em marketing, ecologista avant la lettre e com alma de rotariano, o escritor é graduado em Ciências e Economia. Ocupará, a Cadeira 21 – Ciências – da qual o Patrono é seu avô, o jornalista e um dos fundadores da imprensa procopense Antonio Villas Bôas, tendo sido seu cunhado, o Professor, advogado João Gonçalves de Oliveira, o 1.o ocupante.
Para a Cadeira 9 – Ciências, cujo Patrono é o Professor Átila Silveira Brasil, idealizador da ALACCOP, e que teve como 1.o ocupante, o artista plástico Ademir Balera Silva, será empossado João Coelho Neto. João é uma pessoa multifacetada, “sua vida é completa”, como aponta o verso Ceciliano, pois variadas são suas poéticas – no caso, pesquisas acadêmicas. E, do seu extenso currículo, pinçamos alguns tópicos. João é Pós-Doutor em Educação, investigou Tecnologias Digitais, envolvendo o ensino de Matemática para alunos com Transtorno do Espectro Autista. Fez doutorado em informática – Engenharia de Software, e Mestrado em Informática na Educação. Então, além de estudioso, João também é um humanista, voltando sua ciência para o próximo, para aqueles que apresentam dificuldades no seu viver. Pesquisador e professor da UENP-Universidade Estadual do Norte do Paraná. Nosso novo acadêmico também é o atual Presidente do Rotary Club de Cornélio Procópio.
Lilian Madi, poeta das quadras (basqueteira emérita) e também poeta da literatura (formada em Letras - Português/Inglês), é professora aposentada, mas com seu dinamismo, não consegue ficar parada e ainda atua no Colégio Master/Rui Barbosa, além de participar de trabalhos religiosos voltados à caridade. Foi também colunista do Jornal “A Voz do Povo”, por muitos anos, optando pela crônica, que trata de “farrapos do cotidiano”, como já disse alguém. Sempre ligada às artes, para ela “o instante existe” – na dicção de Clarice, e sempre existiu, pois Lilian fez parte de grupo de teatro e integrou, como jurada, inúmeros concursos literários. Ela segue a tradição familiar (o magistério) e sempre nos brinda com suas palavras alegres e eivadas de muito carinho. Lilian será empossada na Cadeira 19 - Letras – que tem como Patrono, o renomado e saudoso Professor de inglês, Jorge Curi Madi, seu avô, e que teve como 1.o ocupante, o poeta Gilberto Mensato.
Graduada em Ciências (ênfase em Matemática e Biologia) e em Pedagogia, Solange Margarida Campioto da Silva tem várias especializações nas áreas, mas desde muito jovem, sua personalidade amorosa a fez desenvolver trabalhos artísticos com artesanato variado: pintura de tecidos, material em MDF e linhas diversas, e ainda obras sacras em gesso. Assim, como cantou Cecília, “tem sangue eterno a asa ritmada”, e esse voo será eternizado pela ação de Solange – a qual volta sua poética manual à benemerência, pois, além de atividade desenvolvida com o cubo mágico adaptado para cegos, trabalha em importantes e dadivosos projetos com crianças hospitalizadas, idosos em asilos, deficientes visuais e diversos participantes do Instituto Fernanda Gaigher, que atende a pacientes de câncer. Solange será empossada na Cadeira 12, cujo Patrono é o médico e deputado Nilson Baptista Ribas, tendo sido sua 1.a ocupante, a pintora Cleuza Mara de Santos Mello Scanapiecco.
Queridos amigos e convidados, ao encerrar minha apresentação, retorno à inspiradora da noite, Cecília Meireles e aos seus versos.
“Na grande noite tristonha
Meu pensamento parado
Tem quietudes de cegonha
Numa beira de telhado”.
Agora, buscando ofuscar Cecília... (algo impossível) – trata-se de um chiste os versos de Marilu – que é professora, pesquisadora, ensaísta e nunca escreveu versos! Farei então, o tipo de uma paródia.
Na grande noite risonha,
Meu pensamento agitado
Tem alvoroços de cegonha
Na beira de um banhado.
Que nesta noite risonha
As palavras aqui proferidas
Encontrem eco em corações
De pessoas tão queridas.
Salve, salve aos novos acadêmicos,
Nesta grande noite risonha,
Que não haja muitos repúdios
Aos meus versos estapafúrdios!
Que a inspirada Cecília não os reprove,
Nesta grande noite risonha
Nem vocês, amigos queridos,
Pois enorme seria minha vergonha.
Assim, vou-me embora para Pasárgada
Nesta grande noite risonha.
Agradeço muito a atenção
E para todos um abração.
Em seguida, a Presidente Marilu Martens Oliveira, empossou os novos acadêmicos, ocasião em que o acadêmico Antonio Villas Bôas Neto, usou da palavra em seu nome e dos demais membros empossados, agradecendo a homenagem. Também usaram da palavra, enaltecendo a mulher e os novos acadêmicos, as confreiras Vanderléia da Silva Oliveira e Yedda Martins Carazzai Fonseca.
ACADÊMICO ANTONIO VILLAS BÔAS NETO
FALA EM NOME DOS NOVOS MEMBROS DA ALACCOP
Já dizia um poeta “que o homem divide de boa vontade/ suas penas com os outros; / mas nunca suas alegrias”, no entanto, / ao recebermos a comunicação de que os nomes de:
- João Coelho Neto, - Solange da Silva, - Lilian Madi - e o meu, Antonio Villas Bôas Neto, haviam sido aprovados por unanimidade pelos membros dessa Academia, queremos sim, com o espírito de gratidão, repartir com vocês, nossa alegria, nossa satisfação pela significativa e honrosa homenagem.
Destaco aqui, em nome de todos, o orgulho em fazermos parte desta Academia, cujos membros, líderes da comunidade, são preservadores da história, cultivadores da arte e semeadores do conhecimento da cultura de nossa gente; e também nosso compromisso de contribuir e dignifica-la em seus propósitos. Esta deferência conferida, caros acadêmicos, podem ter certeza, será sempre lembrada por todos nós e familiares com muito carinho e apreço. Agradecemos de coração.
A CADEIRA número 9 – que agora é ocupada pelo confrade João Coelho Neto nascido em Ibiporã, tem como Patrono - o idealizador desta Academia, o Cambaraense de nascimento, e Cidadão Honorário de Cornélio Procópio - Professor Átila Silveira Brasil.
João Coelho Neto - é professor da UENP. Atualmente ocupa a Presidência do Rotary Club de Cornélio Procópio, entidade que congrega profissionais de diversas áreas no intuito de cumprir o lema de “Dar de Si, Antes de Pensar em Si”. Neste momento, reverenciamos com muita alegria, o Patrono de sua cadeira, o poeta, Professor Átila Silveira Brasil, pelas importantes participações na vida cultural local, principalmente pelo resgate histórico da cidade e pela autoria de letras de diversos hinos de instituições locais em parceria com renomadas artistas procopenses. Importante ressaltar, que essa cadeira foi ocupada anteriormente pelo artista plástico Ademir Balera da Silva, / que realizou profícuo trabalho em Cornélio Procópio, mormente pelos seus dons artísticos.
A CADEIRA número 12 – que agora é ocupada pela confreira Solange Margarida Campioto da Silva, natural de Engenheiro Beltrão, tem como Patrono, o Vereador e Deputado Estadual por Cornélio, o abalizado médico de cultura ímpar, Dr. Nilson Baptista Ribas.
Solange Margarida Campioto da Silva, é esposa do confrade Armando Paulo da Silva, que por duas gestões presidiu esta Academia. Dotada de um currículo extraordinário, atua no meio artístico procopense no setor de artesanato e vem desenvolvendo trabalhos de repercussão interestadual, que muito orgulha nossa comunidade, principalmente na sua arte de pintura em tecidos e obras sacras em gesso. Essa cadeira foi ocupada anteriormente pela artista plástica Cleusa Mara Santos de Mello Scanapiecco que deixou grande legado artístico-cultural.
A CADEIRA número 19 – que agora é ocupada pela confreira Lilian Madi, tem como Patrono, o seu avô, Jorge Curi Madi, libanês de nascimento, o benquisto professor de inglês, conhecido por todos pela lhaneza no trato com as pessoas, e Cidadão Honorário de Cornélio Procópio.
Lilian Madi, procopense, é formada em Letras – Português/Inglês, e desempenha seu trabalho como professora na - Escola Rui Barbosa / Colégio Águia Master. Ela faz parte da Comissão Julgadora do Festival Poético do SESC, e já desenvolveu atividades no campo teatral. Essa cadeira foi anteriormente ocupada pelo também poeta procopense, Gilberto Mensato, que nos legou o livro “Momentos” de repercussão estadual.
A CADEIRA número 21 - que ocupo agora nesta Academia, é motivo de grande regozijo e orgulho, pois o Patrono é meu avô, jornalista Antonio Villas Bôas, português de nascimento, fundador da Imprensa Procopense, juntamente com meu pai Nicolau Villas Bôas. Meu avô Antonio foi um cidadão altruísta, que aqui chegando, trouxe seu pioneirismo e entusiasmo na árdua tarefa de ajudar a construir a memória de um povo, a memória de uma cidade. E foi nesse afã de preservar e de contribuir culturalmente para a memória da cidade, que escrevi o livro: Memórias, Simplesmente Memórias, que sempre será motivo de orgulho pois pude também resgatar um pouco mais da história da cidade que nasci, tanto em fatos como em fotos / para que não se perdesse no tempo. Essa cadeira, vinha sendo ocupada pelo meu cunhado Professor João Gonçalves de Oliveira, de saudosa memória, baluarte das letras, mestre em Teologia, Defensor Público e Jornalista de primeira linha, tendo contribuído muito com esta Academia, principalmente, na elaboração do seu Regimento Interno.
Diante de tudo isso, trago aqui, as vozes, os sonhos, as artes e ciências de João Coelho, Solange da Silva e Lilian Madi, que honrosamente tomaram posse hoje comigo, nas cadeiras de Patronos ilustres, legítimos representantes da comunidade. Ressalto aqui, a relevância dessa Academia que agora pertencemos, guardiã da memória, produtora e difusora da cultura de nossa gente, e para que o legado dos que vieram antes frutifique em nós, conclamo a todos os pares para que nos unamos em torno dos desafios que se apresentarem, e possamos juntos, cidadãos e governo municipal da querida Cornélio Procópio, fortalecer a cultura e as artes na região.
Se a literatura nos ensina a dar sentido à vida, se a arte nos faz enxergar o invisível e se a ciência nos permite avançar, então juntos, honraremos essa missão que nos foi confiada; e que as palavras possam ecoar, a criatividade florescer, o conhecimento expandir, e que essa Academia, que está comemorando 20 anos de existência, possa continuar sendo um farol de saber e humanidade.
Finalizo, saudando todas as mulheres aqui presentes pelo seu Dia Internacional, e agradeço a Deus pela graça de podermos levar avante essas nobres missões para o bem da humanidade, numa construção de uma realidade mais justa e transformadora. Agradeço com sentimento de alegria, a todos os presentes, mentores, familiares e amigos, que vieram prestigiar este importante momento cultural.
COMO FOI O LANÇAMENTO DO LIVRO TRAPALHADAS
NA AREL-ASSOCIAÇÃO RECREATIVA LONDRINENSE-27.07.23
LANÇAMENTO DO LIVRO TRAPALHADAS NO SESC-22.06.23
AQUI, LANÇAMENTO DO MAISHAICAIS
LANÇAMENTO NO CECONTI
LANÇAMENTO NO SESC
DIA 25/08/22
NO CECONTI-Centro de Convivência da Terceira Idade "ORLANDO RIBEIRO" de C.Procópio
Durante a oficina de haicai:
O arco íris
uma difusão de cores
some lentamente
(1.o haicai do grupo que lá compareceu)
O sol entra no quarto
um calor, uma energia
emoção de alegria
Melhor idade
jogando cartas na mesa
contando verdades.
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DIA 02/09/22
NO SESC DE C.PROCÓPIO
Também durante a oficina:
Feira da lua
encontro de amigos
namoro na praça
Arco íris
colorido, festa de cores
pote de ouro.
Aqui na Praça
pássaros moram
vão e voltam.
(Antonio Luiz Scarabel)
No dia seguinte ao evento:
Viva a Amazônia
Com seus encantos mil
O nosso Brasil.
(Pedro Alcântara)
APRENDA A FAZER HAICAI
Além dos 365 poemas, um por dia (do autor), ponto importante do livro, o autor ensina ao leitor a usar os sentidos na captação do poema como se fosse uma fotografia e a escrever esta sensação num haicai; elenca também dicas e informações preciosas dos grandes mestres à quem nunca escreveu um poema.
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ANTONIO VILLAS BÕAS NETO PARTICIPA DO LANÇAMENTO DO LIVRO:
"A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E OS MILITARES" DE DIRCEU CASA GRANDE JÚNIOR
O ano de 2022 marca o momento em que se comemora o bicentenário da Independência do Brasil. Importante lembrar, diz na contra capa do livro, que "diferentemente do que muitos acreditam em virtude da permanência das estruturas coloniais ao longo do período imperial, como se praticamente se nada tivesse mudado, o processo de Independência não foi pacífico". O livro de Dirceu Casa Grande Júnior inova ao mostrar essa perspectiva pouco revelada de nossa história.
Vale a pena ler essa importante obra do procopense Dirceu Casa Grande Júnior.
avbn/.
MARILU MARTENS OLIVEIRA
HOMENAGEADA PELA FACCREI
No dia 25 de outubro de 2023, a Professora Marilu Martens de Oliveira foi homenageada pela FACCREI-Faculdade Cristo Rei de Cornélio Procópio durante Café Literário pelo trabalho que desenvolve em prol da leitura.
A FACCREI criou, para tanto, uma mala literária com o nome de Marilu, que andará por escolas e empresas.
Parabenizamos a ilustre e distinta professora Marilu e que continue com esse trabalho maravilhoso em prol da cultura de nossa gente.